À conversa com as empresas: VirtualCare

A VirtualCare é uma empresa especializada na área da medicina. Dedica-se à comercialização de produtos por si desenvolvidos mas também presta serviços de consultoria, apoio à investigação clínica e até mesmo cursos online. Entre os seus produtos encontra-se, por exemplo, o VC AnesthCare (um registo clínico para a anestesia, que pode ser usado por médicos, enfermeiros e administrativos) o VC BreastCare (para a patologia mamária) ou VC ObsCare (para registos clínicos e obstetrícios) A startup recebeu a chancela spin-off U.Porto em 2017 e definem-se como "a união da ciência com a prática clínica". Vamos conhecê-los melhor?   1. Como é um típico dia de trabalho na VirtualCare? Neste momento, a equipa da VirtualCare encontra-se toda em teletrabalho desde 8 de março de 2020, fruto da pandemia. O nosso dia começa com um “bom dia” no nosso chat colaborativo entre todos os elementos da equipa. Ao longo do dia vamos mantendo contacto em conversações específicas de cada projeto. Além disso, temos sempre a preocupação de conversarmos no chat “Sala” tal como se tivéssemos no nosso open space.   2. O que fazem, enquanto equipa, quando se sentem menos criativos ou animados? De modo geral, a nossa equipa é naturalmente animada. No entanto, é natural que possam existir momentos em que um ou outro membro da equipa esteja menos criativo ou animado. Quando ainda estávamos no presencial, costumávamos descontrair saindo para dar uma volta, tomar um café com outros integrantes da equipa… Em alguns momentos do ano também tínhamos dinâmicas de diversão em grupo, como uma tarde numa Escape Room. Agora, durante a pandemia, estamos ainda mais perto da família e ainda temos o nosso chat, onde os integrantes da equipa trocam mensagens e podem fazer conferências por vídeo.   3. Porquê o nome VirtualCare? O nome VirtualCare surgiu alguns anos antes mesmo da empresa ter sido criada. O nosso nome original é VirtualCare – Systems for Life. A ideia do nome era transmitir o conceito de sistemas de registos clínicos eletrónicos de qualidade e que fossem duradouros ao longo do tempo.   4. Quem é a pessoa mais divertida da empresa? Colocamos esta questão mesmo à própria equipa e, ao contrário do que acontece normalmente nas questões de trabalho, não houve consenso entre a equipa de quem era o elemento mais divertido. Pelo visto, parece que somos todos divertidos!   5. Se uma criança um dia vos disser "Quero ser empresário/a!", qual será o vosso primeiro conselho? Tenha determinação, nunca desista dos teus sonhos e das tuas ideias, lute porque vale a pena.   6. Se pudessem escolher um só sonho a alcançar com a VirtualCare, qual seria? Crescer sempre de forma sustentável, sem nunca descurar da importância da investigação científica.   7. Quais os planos da VirtualCare para o futuro mais próximo? Os nossos planos para o futuro próximo envolvem a expansão internacional dos nossos produtos, a começar pelo Brasil e Espanha.   8. O que aprenderam, até agora, com esta jornada empreendedora? E com as pessoas com quem trabalham? Tivemos muitas lições ao longo desses quase 10 anos de VirtualCare. O mais importante é que sempre ganhamos, ou obtivemos êxito ou aprendemos algo novo. Uma grande lição é que a tecnologia não é garantia de melhoria, por melhor que ela seja. Se quisermos obter todos os benefícios da tecnologia, temos de adequar as regras e procedimentos para tirar o maior proveito dessa nova tecnologia. Por isso, também passamos a oferecer consultoria de gestão em saúde.   9. Quais os vossos sonhos pessoais? Temos muitos mas, enquanto equipa temos sonhamos de melhorar substancialmente a saúde global com os nossos produtos informáticos e serviços de consultoria.   10. Como é, para vocês, ser membro da família de spin-offs da U.Porto, o The Circle? Ser membro do The Circle é uma excelente forma de partilhar o nosso conhecimento com a família de spin-offs da U.Porto e de dar a conhecer a VirtualCare e o que fazemos, junto seremos sempre mais fortes.

Maersk adquire spin-off da U.Porto para "atrair talento nacional"

  A Maersk, a maior empresa de transporte marítimo mundial e um dos maiores grupos globais na área da logística, acaba de adquirir a HUUB, startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e spin-off da Universidade do Porto. A HUUB dedica-se a operações logísticas na indústria da moda, tendo como clientes marcas de renome internacionais. Em Portugal, a liderança desta unidade de negócio do gigante mundial de logística vai continuar a ser assumida por Tiago Craveiro, Pedro Santos e Tiago Paiva, fundadores da empresa e todos eles antigos estudantes da Faculdade de Economia da U.Porto (o primeiro passou também pela FEUP). Considerada pela Time Magazine como uma das 100 empresas mais influentes do mundo, a Maersk pretende “tornar Portugal um centro tecnológico estratégico, com o objetivo de atrair talento nacional e competir com várias outras empresas que instalaram as suas divisões tecnológicas no nosso país”. Esta é a primeira compra da Maersk em Portugal no sentido de concretizar esse objetivo. Segundo Tiago Paiva, CEO da HUUB, este é “um passo fundamental”, não só para a spin-off da Universidade do Porto, como para o ecossistema nacional: “A absorção da HUUB por parte de uma empresa tão poderosa como a Maersk é um tónico para o ecossistema de startups em Portugal”, refere o também antigo estudante da Porto Business School. Um dos principais objetivos da startup (que conta, atualmente, com cerca de 50 colaboradores) é triplicar a equipa até ao fim de 2021. Fundada em 2015, a HUUB foi criada numa garagem pelos três alumni da U.Porto. A ambição sempre fez parte do DNA da equipa fundadora e, como refere Tiago Paiva, desde o início que existia o objetivo de “disromper a indústria da logística através da tecnologia”. A spin-off da U.Porto já tinha angariado mais de 4,35 milhões de euros, sendo que 1,5 milhões vieram, precisamente, da Maersk, em 2019. A carteira de clientes da HUUB conta com grandes marcas de moda a nível mundial, das quais assumem todas as tarefas logísticas e operacionais, gerindo as encomendas através de uma plataforma desenvolvida pela própria empresa: o Spoke. A HUUB oferece, assim, serviços de gestão integrada da cadeia de abastecimento de marcas de moda, permitindo que as mesmas consigam focar-se mais no trabalho de design de novas peças e na venda.

Spin-off U.Porto recebe financiamento de 2 milhões de euros

  A TAIKAI, uma plataforma portuguesa de inovação aberta baseada em blockchain e nascida na Universidade do Porto, arrecadou 2 milhões de euros numa ronda de financiamento liderada pelo fundo alemão FinLab EOS VC Fund. Da ação participaram também a Bright Pixel – atual investidor na TAIKAI – – e a capital de risco nacional Portugal Ventures. O diálogo com o fundo de investimento começou no final de 2020 por se tratar, como referem os representantes da empresa, de um investidor estratégico para a TAIKAI: “O FinLab EOS VC tem conhecimento e experiência em ajudar startups a construírem negócios de sucesso e está focado no setor de blockchain”, explica Mário Alves, cofundador e CEO da spin-off U.Porto. A conversa acabou por evoluir para uma negociação já no início deste ano, e a ronda de financiamento, com um valor total investido de 2 milhões de euros, foi concluída em agosto de 2021. “Com este investimento será possível chegarmos a mais mercados, apoiando as empresas no processo de inovação e recrutamento”, refere Mário Alves. Para além disso, a TAIKAI pretende apoiar também a evolução do ecossistema como um todo, fomentando uma “cultura de inovação constante que vá além das grandes empresas, alcançando também PMEs e startups para que a inovação faça parte do seu ADN”. “A TAIKAI já ajudou mais de 100 empresas globais a resolver os seus desafios de inovação. Agora é hora de ir mais longe e ter um impacto mais amplo nas empresas”, acrescenta o também antigo estudante da Faculdade de Economia da U.Porto (FEP). O valor da ronda de financiamento servirá ainda para aumentar a equipa nos departamentos de desenvolvimento, marketing e vendas até ao final do ano. Sobre a TAIKAI Fundada em 2018, começou por ser uma plataforma de inovação aberta que ajudava empresas portuguesas a alcançar novas soluções e produtos através do lançamento de desafios a uma comunidade de desenvolvedores, designers, entre outros. A pandemia da COVID-19 acabou por trazer novas oportunidades à TAIKAI uma vez que o formato online foi fortemente impulsionado graças ao teletrabalho. Neste momento, a spin-off consegue atender às necessidades de qualquer empresa no mundo e a solução pode também ser desenvolvida por qualquer inovador no mundo, aumentando as possibilidades de interação. Assim, o contexto aparentemente menos favorável acabou por motivar um crescimento da TAIKAI, que já conta com mais de 50.000 inovadores na sua plataforma global de inovação aberta. No seguimento da missão de fomentar uma cultura de inovação além das grandes empresas, a TAIKAI está atualmente focada no desenvolvimento de funcionalidades específicas para apoiar processos de recrutamento abrangentes: “Esta ferramenta vai ao encontro das necessidades não só das grandes organizações mas também das startups que, mais do que hard skills, procuram um fit cultural entre a empresa e o candidato”, refere Mário Alves. O programa de aceleração para startups, em desenvolvimento pela TAIKAI, deve arrancar já este mês.

Didimo premiada na maior feira de tecnologia da Europa

  A Didimo, uma empresa com chancela spin-off U.Porto e incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, venceu o Pitch Contest Portugal promovido no âmbito da 5.ª edição da Viva Technology, uma das maiores feiras tecnológicas do mundo, que decorreu em Paris no passado mês de junho. “Decidimos participar por ser a maior feira de tecnologia da Europa, potenciando as hipóteses de encontrar novos clientes e parceiros, bem como para nos ajudar a refinar o nosso produto e as mensagens que queremos passar”, refere Verónica Orvalho, CEO da empresa e docente na Faculdade de Ciências da U.Porto. Foi a primeira vez que Portugal participou, enquanto país, no Viva Technology, através da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) e da Startup Portugal. As duas entidades promoveram o Pitch Contest Portugal, um concurso entre startups dedicado ao ecossistema empreendedor português. Foi nessa competição que a Didimo apresentou o seu pitch, distinguindo-se entre as empresas concorrentes: “A Didimo foi convidada a apresentar o pitch no concurso AICEP Portugal Global pitch, que incentiva startups de tecnologia portuguesas, que tenham produtos ou serviços únicos a colocar no mercado. Foi uma distinção muito importante também pela ajuda para sermos introduzidos no mercado francês, para expandir comercialmente a Didimo”, realça Verónica Orvalho. Na iniciativa da AICEP e Startup Portugal participou também a iLoF – Intelligent on Fiber, outra spin-off U.Porto que se vem destacando no desenvolvimento de uma tecnologia patenteada de deteção de nanoestruturas em fluídos. A edição deste ano da Viva Technology realizou-se num modelo misto presencial e remoto, a edição de 2021. A última edição em formato totalmente presencial (2019) contou com mais de 124 mil visitantes e mais de 2300 startups expositoras. "A Didimo está a crescer" Com mais de uma década de investigação de alto nível em computação gráfica, machine learning e animação facial, a Didimo foi criada por Verónica Orvalho, e, atualmente, conta com cerca de 20 colaboradores distribuídos por escritórios em Leça da Palmeira, Vancouver (Canadá) e Londres (Reino Unido). Segundo os representantes da empresa, o segundo semestre de 2021 foi “entusiasmante” para a Didimo. Não só estão a lançar um novo nível de geração humana digital como uma nova gama de serviços, de forma a melhorar ainda mais a satisfação dos seus clientes. “A nossa plataforma é capaz de gerar avatares humanos digitais realistas em 3D a partir de uma foto 2D. Em cerca de 90 segundos o avatar didimo está pronto a ser executado e é totalmente animável”, contam os representantes da empresa. A tecnologia desenvolvida pela Didimo possibilita que as empresas possam ajudar os seus clientes a personalizar e participar em experiências poderosas. Neste momento, e como parte do seu novo suporte, a spin-off U.Porto pretende apresentar novas soluções, mais fáceis de personalizar a animação. “É um momento realmente entusiasmante para nós e para os nossos clientes à medida que estes implementam a nossa tecnologia inovadora para expandirem os seus negócios”, concluem.  

Tecnologia para criar Edifícios de Energia Quase Zero nasce na UPTEC

  A Bandora Systems, startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto e spin-off da U.Porto, venceu o desafio Open Data systems for building environment do programa europeu PITCCH, ganhando a oportunidade de trabalhar em parceria com a SPIE, uma multinacional francesa com 45 mil colaboradores, numa solução para edifícios autónomos. O projeto já está em fase de testes numa loja da marca Louis Vuitton. O objetivo do projeto conjunto — denominado Projeto Oddyssee — é desenvolver uma solução de edifícios autónomos, que automatiza a operação e manutenção sem intervenção humana. A tecnologia pretende, ainda, ajustar os níveis de conforto às necessidades das pessoas, sempre com a máxima eficiência energética, ou seja, com o menor consumo energético possível. A Bandora integra, assim, o conceito criado pela SPIE de SOS — System of the Systems, que pretende integrar numa única plataforma todos os sistemas existentes num edifício, como o ar condicionado, vigilância, iluminação, entre outros. A plataforma vai estar habilitada para tomar decisões relativas à configuração de qualquer um dos sistemas, com base na tecnologia de machine learning. A plataforma tem o objetivo de alcançar o Nearly-Zero Energy Buildings (Edifícios de Energia Quase Zero), criada pela Diretiva do Desempenho Energético dos Edifícios, que pretende que todos os edifícios tenham o seu consumo energético melhorado até 2030. Neste momento, estima-se que cerca de 40% da energia total consumida na Europa seja utilizada por edifícios, principalmente pela má configuração dos sistemas e pela utilização humana.   Notícia escrita por Isabel Silva, do departamento de Comunicação da UPTEC.

Estudantes da U.Porto triunfam na European Innovation Academy 2021

  Como já tem sido recorrente desde que a Universidade do Porto se aliou à European Innovation Academy (EIA), estudantes de diferentes faculdades voltaram a fazer parte das equipas vencedoras do programa. Durante os 15 dias de duração da EIA foram desenvolvidos projetos para 70 novas startups em equipas internacionais e multidisciplinares, o que culminou numa apresentação aos investidores no pitch final que aconteceu no mês passado. Ao todo, com o apoio da U.Porto Inovação e do Santander Universidades, 18 estudantes da U.Porto participaram na EIA 2021, sendo que cinco deles tiveram uma parte ativa em quatro das ideias de negócio que alcançaram o top 5. Os estudantes estão atualmente a frequentar licenciaturas ou mestrados nas Faculdades de Ciências (FCUP), Economia (FEP), e Letras (FLUP), e as motivações para participar na EIA foram diversas, com especial enfoque no interesse pelo mundo do negócio, aprendizagem sobre empreendedorismo, acompanhamento por especialistas e oportunidade para trabalhar com colegas de todo o mundo. Diagnostic Toys, Genius Caps, ProtoSyn e Wellness Wonders chegam ao top 5 TeddyCare é o nome do projeto idealizado pela equipa Diagnostic Toys e que conquistou o júri da EIA 2021. João Gomes, que começou o seu percurso na FMUP (mestrado integrado em Medicina) e está agora a frequentar um mestrado na FEP, participou na idealização deste produto, com o qual se pretende “monitorizar a saúde de bebés e crianças, de modo não invasivo, antecipando diagnósticos ou confirmando a necessidade de apoio especializado em determinado âmbito”, explica o estudante. A equipa acredita que este projeto poderá ser benéfico tanto para crianças como para os pais, trazendo um efeito terapêutico a estes últimos através do conforto que a recolha e análise de dados do TeddyCare proporciona.  GeniusCaps também impressionou o júri, tendo mesmo chegado a escolher o projeto para o top 3 da competição. Dele fizeram parte duas estudantes da Universidade do Porto, ambas da FCUP: Ana Rita Vieira e Isabel Couceiro da Costa, acompanhadas por pessoas de quatro nacionalidades diferentes. “A Genius Caps pretende adicionar suplementos dietéticos às comuns bebidas encapsuladas (café, chá, chocolate quente, etc), através da sua incorporação direta em cápsulas biodegradáveis e recorrendo a técnicas de ciência alimentar como a microencapsulação”, explica Ana Rita Vieira. Uma das cápsulas apresentadas no pitch final chamava-se Brain Caps, especialmente indicada “para estudantes, suplementadas com ingredientes que aumentam a concentração e a memória e diminuem o cansaço”, acrescenta Isabel Couceiro da Costa. O objetivo da Genius Cap é chegar a diferentes nichos de população com diferentes necessidades, oferecendo uma alternativa “conveniente e prática e permitindo um boost à distância de uma única cápsula”, contam. O júri ficou rendido à ideia, que acabou por ser uma das que subiu ao pódio do TOP TEAM, reservado para os três melhores projetos, conquistando a possibilidade de receber mentoria por parte do HAG.GROUP, mesmo depois de terminada a European Innovation Academy. Além disso, também foi galardoada com o prémio especial “The Nixon Peabody Trademark Artisan Award”, que inclui uma patente gratuita no valor de 10 mil dólares e registo de marca no valor de 5 mil dólares. Do projeto Protosyn fez parte Hugo Sales, estudante da FCUP. Consiste “numa interface para simulações científicas que permite aos cientistas trabalhar sem necessitarem de programar”, explica Hugo. A equipa teve a oportunidade de apresentar o pitch ao júri, o que lhe valeu uma entrevista com o Alchemist Accelerator na esperança de serem aceites naquela que é a aceleradora de B2B (business 2 business) número um do mundo, em Sillicon Valley. Por fim, mas não por último, Petra Guimarães, estudante de licenciatura da FLUP, fez parte da equipa Wellness Wonders, uma plataforma que “oferece serviços relacionados com o bem-estar e que tem uma parte social incorporada”, explica a estudante. O feedback do júri e dos investidores motivou a equipa para continuar a trabalhar no projeto mesmo agora que a EIA já terminou.  "Voltaria, sem pensar duas vezes, a participar no programa" É este o feedback geral dos estudantes da U.Porto desde que, em 2017, começaram a participar na European Innovation Academy. Petra Guimarães refere que a aprendizagem e as pessoas “extraordinárias” que conheceu ao longo da experiência são um dos motivos que a fariam voltar a participar. Mesmo tendo acontecido totalmente online devido à pandemia, não permitindo a habitual interação e convívio entre estudantes verificada em anos anteriores, também Ana Rita Vieira afirma que voltaria a participar: “O programa foi espetacular e superou as minhas expetativas. Os mentores foram incansáveis e estava tudo muito bem estruturado, cumprindo todas as etapas de uma primeira aventura pelo empreendedorismo”, conta. João Gomes fala da passagem pela EIA como uma ótima experiência a nível formativo e humano, apesar da exigência das sessões de mentoria diárias o que, na sua opinião, “não resulta tão bem de forma presencial”. No entanto, e apesar dos constrangimentos associados a um evento não presencial, o estudante vê a EIA como uma “ótima forma de iniciar o percurso empreendedor”, recomendando “vivamente” a experiência. Ao todo foram 350 os estudantes a participar na edição 2021 da European Innovation Academy, provenientes de mais de 60 países diferentes e 40 universidades ao redor do mundo. Desde 2017 que a Universidade do Porto e o Santander Universidades estão ligados à iniciativa, fornecendo bolsas aos estudantes interessados em participar.   Esta iniciativa tem o apoio do Santander Universidades.  

U.Porto conquista primeira concessão de patente na Índia e em Hong Kong

Trata-se da primeira vacina – a PNV 1 – eficaz e totalmente voltada para a prevenção de infecções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, incluindo multirresistentes, com o objetivo de abranger toda a população desde recém-nascidos até idosos. Foi desenvolvida pela Immunethep (empresa spin-off da Universidade do Porto), baseada na investigação no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) numa equipa liderada pela investigadora Paula Ferreira. E acaba de garantir a primeira concessão de uma patente “made in U.Porto” na Índia e em Hong Kong As infeções bacterianas são uma das principais causas de morte em todo o mundo, e combatê-las tem sido o principal foco da Immunethep desde 2014. Este dado aumenta a importância deste tipo de descobertas e, posteriormente, concessões de patente. Falando mais concretamente da Índia, Pedro Madureira , membro da equipa de investigação e Diretor Científico da Immunethep, realça a importância desta conquista: “A Índia é um dos países onde a incidência de infeções bacterianas é muito elevada e onde, anualmente, morrem cerca de 200.000 pessoas por causa disso”. A concessão de patente é, na opinião do investigador, muito importante, e um primeiro passo para o real objetivo da Immunethep ao desenvolver este tipo de produtos: “fazê-los chegar, efetivamente, a estes países e, assim, contribuir para um controlo mais efetivo destas infeções bacterianas”, explica. Para além da Índia e de Hong Kong, a patente já está concedida em mais de 40 territórios, incluindo Portugal, Canadá, e mais de 30 países europeus. Nova esperança contra as infeções bacterianas A vacina PNV1 foi desenvolvida com base na descoberta de um novo mecanismo de imunossupressão partilhado por algumas das bactérias mais perigosas e mortais (Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Escherichia Coli e Streptococcus do grupo B). Baseada no conhecimento deste mesmo mecanismo bacteriano, a Immunethep está também a desenvolver anticorpos monoclonais que podem ser usados como tratamento em pessoas já infetadas. Os próximos passos incluem “finalizar o desenvolvimento desses anticorpos e entrar com a vacina em ensaios clínicos”, refere Pedro Madureira. O investigador e empresário acrescenta que esta parte do processo implica um “investimento significativo”, e garanti-lo tem sido o principal foco da Immunethep.  Recentemente fecharam um acordo de colaboração com a Merck & Co. (MSD) o que já lhes permitiu um grande avanço. Recorde-se que a Immunethep está perto de ser a primeira empresa portuguesa a terminar o desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19, tendo já terminado os ensaios clínicos com resultados muito promissores.

IMPETUS rende-se a tecnologia "made in" spin-off da U.Porto

A Smartex, empresa spin-off da Universidade do Porto e incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, fechou recentemente um acordo com o grupo Impetus, uma das empresas líderes mundiais no setor têxtil. A multinacional, que conta com quase meio século de experiência na área e que tem vindo a investir em máquinas e tecnologia mais eficientes e sustentáveis, adquiriu a tecnologia de inteligência artificial e visão computacional da Smartex. Gilberto Loureiro, CEO da spin-off que nasceu na Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP), refere-se a esta parceria como um interesse mútuo de alcançar uma indústria têxtil mais sustentável. “São já várias as empresas do setor focadas em procurar soluções que possibilitem não só um processo de produção mais competente, mas também com uma pegada ecologicamente mais sustentável”, refere. Com estas parcerias, a Smartex pretende então ajudar os seus clientes a alcançar os seus objetivos, tornando as suas fábricas mais eficientes e contribuindo, assim, para “a transparência e sustentabilidade da cadeia de produção têxtil”, acrescenta o CEO. A tecnologia desenvolvida pela empresa incubada na UPTEC é capaz de detetar defeitos logo no início do processo de produção têxtil. Recorrendo a sistemas de visão computacional e inteligência artificial, a solução da Smartex alerta os trabalhadores em caso de falha. Quando esta é cíclica, a produção é interrompida. Esta é, pois, uma solução capaz de poupar milhões à indústria têxtil: “A solução reduz os defeitos de produção para perto de 0%, diminui o desperdício e a produção têxtil defeituosa” refere Gilberto Loureiro. A spin-off U.Porto, nascida em 2018, está em claro momento de crescimento e expansão, e a procura pelo seu sistema inteligente tem vindo a aumentar: “Podemos afirmar que, todos os meses, temos fechado acordos com novos clientes”, realça o CEO. Os esforços da equipa – que tem vindo a aumentar – focam-se em dar aos clientes ferramentas que os ajudem a construir unidades de produção “com 0% de resíduos defeituosos, o que passa por tornar todas as fábricas de tricotagem cada vez mais automatizadas”. A longo prazo isso irá traduzir-se numa cadeia de abastecimento mais inteligente, mas também na proteção do meio ambiente de resíduos desnecessários, além da redução de custo e complexidade para os produtores mundiais da indústria têxtil. “Atualmente, e em apenas três anos, a Smartex já está a operar em várias fábricas na Europa, e a perspetiva a curto-médio prazo é expandir a solução para fora do continente nos próximos anos. Além disso, gostaríamos também de tornar o nosso sistema capaz de detetar defeitos noutras indústrias, como o caso do papel e do metal”, conclui Gilberto Loureiro.

C19-VISUALDETECT | Colormetric nanosensor for SARS-COV-2 detection

Abstract: 

The invention herein disclosed relates to a nanoparticle-based colorimetric sensor for the rapid naked-eye detection of SARS-CoV-2 in surfaces and biological samples.

Background: 

The high incidence of transmission of SARS-CoV-2 drives the urgent need to halt its spread and thus control the pandemic evolution. An effective prevention requires the early detection of the infected individuals, as well as detection of contaminated fomites as strategies to prevent the contamination of healthy people in community and nosocomial environment.  Hence, the development of a nanosensor able to provide a rapid naked-eye detection SARS-CoV-2 in surfaces and biological samples represents an important tool.  

Benefits: 

This nanosensor comprises functionalized nanoparticles that in the presence of SARS-CoV-2 provides a colour change from blue to pink within 30 minutes. Its chromatic properties enable a rapid naked-eye detection of the virus presence, applicable in the form of a liquid solution or immobilized on a physical support.

Beyond the application on biological samples, it can be used as a pulverization solution able to detect contamination on surfaces. Overall, this fast, specific and sensitive colorimetric nanosensor can be applied in solution or in physical support offering a rapid naked-eye detection of SARS-CoV-2.

Potential comercial use/applications: 

This nanosensor can result in a pulverization solution for SARS-Cov-2 detection on surfaces. Additionaly, it can be incorporated in a kit for the detection of SARS-Cov-2 in biological samples, namely saliva and nasopharyngeal swab.

Owners: 
University of Porto REQUIMTE

Adyta integra projeto para proteger comunicações da defesa europeia

A Adyta, uma empresa spin-off U.Porto e startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, vai integrar um projeto de desenvolvimento de redes de comunicação quânticas para a Defesa Europeia. O projeto será desenvolvido durante 42 meses e conta com um orçamento total de mais de 6,7 milhões de euros. A tecnologia, desenvolvida ao abrigo do projeto DISCRETION, vai reforçar a autonomia da defesa europeia em comunicações seguras e permitirá às forças armadas europeias utilizar também o Espectro de Radiofrequências para atividades militares. O projeto DISCRETION visa integrar e combinar as tecnologias de redes definidas por software (SDN) e distribuição de chaves quânticas. Juntamente com redes óticas herdadas, vai ser possível construir uma arquitetura de controlo de rede altamente segura, escalável e resiliente para serviços avançados de operações táticas. A integração de um consórcio que está na vanguarda tecnológica é essencial para a Adyta, uma vez que “as tecnologias quânticas serão determinantes no futuro das comunicações seguras e esta área – a das comunicações seguras – é um dos nossos principais focos. É um orgulho para a Adyta estar envolvida neste projeto, num consórcio composto por entidades tão relevantes, quer nacionais e internacionais.”, revela Carlos Carvalho, CEO da startup criada por docentes e antigos estudantes da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP). O projeto DISCRETION foi aprovado no concurso de apresentação de propostas 2020 do Programa Europeu de Desenvolvimento Industrial da Defesa.  Para além da Adyta, integram o projeto mais quatro entidades portuguesas: DEIMOS Engenharia, líder do consórcio, Instituto de Telecomunicações, Instituto Superior Técnico e Altice Labs; as espanholas, Telefonica Investigación y Desarrollo S.A.U.e Universidad Politécnica de Madrid, assim como as italianas Austrian Institute of Technology GmbH e Nextworks. Sobre a Adyta A ADYTA é uma spin-off da Universidade do Porto, com capitais exclusivamente portugueses, que tem como objetivo a promoção de soluções especializadas e ajustadas às necessidades de órgãos de soberania, grupos empresarias e outras organizações que, pela natureza das suas atividades, tratem informação e dados de caráter sensível ou classificado. A ADYTA centra a sua atividade na área da defesa e proteção de comunicações através de soluções inovadoras e ajustadas a cada cliente. Além do desenvolvimento dessas soluções, presta também serviços nas áreas de desenho e implementação de sistemas de cloud e na área da proteção de dados, com uma equipa altamente especializada, tanto em auditorias e análise de vulnerabilidades de sistemas e redes, como na gestão de dados. Em 2019, a empresa detetou uma vulnerabilidade na Galaxy Apps Store, descoberta que valeu à empresa uma distinção no âmbito do Mobile Security Rewards Program da Samsung.

Páginas