Investigadores da FCUP desenvolvem antioxidante contra a doença de Parkinson

  Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) estão a estudar um antioxidante que pode ajudar a reverter danos em pacientes com a doença de Parkinson. O antioxidante foi desenvolvido como candidato a fármaco pelo grupo de Química Medicinal, do Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQUP), liderado pela docente Fernanda Borges e foram já submetidos vários pedidos de patente. Os resultados da investigação acabam de ser publicados na revista científica Redox Biology (IF 9.986), num artigo assinado pela líder do grupo e pelos investigadores Fernando Cagide e Sofia Benfeito. O antioxidante mitocondriotrópico AntiOxCIN4 atua a nível de um organelo da célula  – mitocôndria – e é capaz de reverter danos a nível celular e mitocondrial em células de pacientes com a doença de Parkinson. O estudo, efetuado em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e a Penn State University College of Medicine (EUA), traz assim um novo alento  no contexto das doenças neurodegenerativas. A tecnologia mencionada no estudo foi comunicada à U.Porto Inovação em 2016 pela equipa do CIQUP. Desde então, foram feitos esforços de proteção e valorização da tecnologia, que tem neste momento sete pedidos de patente internacionais ativos: Europa, Estados Unidos, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul e Japão. Para trabalhar a aproximação ao mercado, a investigadora Fernanda Borges co-fundou a empresa Mitotag, empresa que entretanto recebeu a chancela spin-off U.Porto e tomou licença da tecnologia dos antioxidantes.

Aliados Consulting oferece webinar ao The Circle

  Foi no passado dia 22 de junho que a U.Porto Inovação aceitou o desafio da Aliados Consulting para oferecer um webinar às empresas do The Circle. A sessão "Tudo sobre as oportunidades de financiamento no European Innovation Council" aconteceu com o objetivo de difundir conhecimento para empresários e investigadores sobre como aceder a estas oportunidades, que englobam mais de 1.4 bilhões de euros em financiamentos no European Innovation Council. Diego Nunes, da Aliados Consulting, conduziu o evento de forma informativa, abordando assuntos como a estrutura do Euripean Innovation Council (EIC), o EIC Accelerator e o planeamento de candidaturas a curto e longo prazo. Houve ainda tempo para a intervenção do convidado Bruno Azevedo, CEO de uma spin-off U.Porto que, de forma motivadora, contou a experiência da Addvolt no EIC, dando sugestões úteis aos participantes. O evento foi gratuito e exclusivo para startups que fazem parte do ecossistema da Universidade do Porto. Nove empresas spin-off estiveram presentes (TekPrivacy, Visblue Portugal, Mitotag, MEDIDA, Moot - The Movement Lab, Sphere Ultrafast Photonics, Bandora, MEDIDA e Eptune Engineering), bem como uma startup do INESC TEC e a AcademiCV. A organização deste tipo de iniciativas faz parte dos objetivos da U.Porto Inovação para o The Circle, nomeadamente fornecer às jovens empresas oportunidades e conhecimentos únicos, gratuitos e exclusivos. O próximo encontro do grupo acontecerá durante o BIN 2021, em outubro de 2021. Mais informações em breve. Esta sessão conta com o apoio do UI-CAN - Universidades como Interface para o Empreendedorismo, um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu, União Europeia.

“Arrisquei na área da fertilidade sem medos, confiando na minha capacidade de trabalho"

  De origens que descreve como “muito humildes”, Marco Alves cresceu como uma criança muito curiosa e boa aluna. A vontade de ajudar e contribuir para a sociedade sempre esteve lá, mas, confessa, não sabia como o fazer pois nunca pensou sequer em conseguir “terminar uma licenciatura”. A verdade é que não só a terminou como ingressou, depois, num doutoramento e num pós-doutoramento e é, hoje em dia, um dos investigadores mais conceituados na área da fertilidade.  “Sempre tive a certeza que quando se trabalha muito, e bem, podemos ser bons em qualquer área”, refere Marco Alves, que teve o primeiro contacto com a Universidade do Porto em 2005, mais precisamente como estagiário no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), de onde saiu para prosseguir o seu percurso académico. Voltou ao ICBAS em 2016, já como investigador auxiliar e com alunos de doutoramento e projetos financiados a seu cargo: “Vinha com perspetivas de, finalmente, construir uma equipa.”, diz. A escolha da fertilidade – área onde trabalha atualmente – não foi obra do destino mas quase, uma vez que o investigador admite não planear demasiado o futuro: “Acredito que as coisas acontecem quando e porque têm de acontecer”. Apesar de o seu doutoramento ser na área da bioenergética, a curiosidade pela área da fertilidade acabou por levar a melhor, particularmente no que se referia ao sexo masculino onde, na sua opinião, existia “um deficit de investigação básica e poucos investigadores a trabalhar a área”. Assim, arregaçando as mangas e colocando mãos à obra, Marco Alves começou a pensar em projetos: “Arrisquei sem medos, confiando na minha capacidade de trabalho. O resto foi acontecendo. Não seria capaz de ensinar sem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento.”, conta. "Finalmente começamos a pensar em fertilidade como algo muito mais complexo que o ato de gerar um filho" Nem tudo é simples como seguir uma paixão, no entanto. Na opinião do investigador, a área da fertilidade masculina não tem verbas nem gente suficiente pelo simples motivo de “não ser mediática”. Quando questionado sobre o seu maior sonho atual na área da fertilidade Marco Alves diz ambicionar ser possível “recriar todo o processo sequencial de produzir espermatozoides in vitro (a espermatogénese) ou ainda desenvolver um método que permitisse escolher “o melhor” espermatozoide e com isso evitar a transmissão de informação deletéria para os filhos”. O investigador tem consciência, no entanto, que existe ainda um longo caminho a percorrer e que a fertilidade e a qualidade do evento reprodutivo estão a entrar devagar na agenda política dos stakeholders. Apesar das enormes possibilidades nas técnicas de procriação medicamente assistida, é necessário muito trabalho e interesse, além de, claro, financiamento para se conseguirem alcançar bons resultados. Além disso, é fundamental que se continue a pensar no processo reprodutivo e na fertilidade como “algo muito mais complexo que o ato de gerar um filho”, refere. Proteger e valorizar o conhecimento Foi com a U.Porto Inovação que Marco Alves começou a inteirar-se melhor da necessidade de patentear as suas descobertas no sentido de proteger e, depois, valorizar o conhecimento. “É difícil para um investigador já estabelecido começar a olhar para o conhecimento produzido como uma possibilidade de valor acrescentado para o desenvolvimento de produtos”, confessa. No entanto, o investigador elogia a estrutura da Universidade do Porto que presta apoio nesse sentido, que conta com “pessoas compreensivas e pacientes, que conseguem adaptar-se às necessidades dos investigadores”. Marco Alves tem, neste momento duas comunicações de invenção com pedidos de patente nacionais e internacionais ativos e uma patente concedida em Portugal. Uma das invenções está centrada na preservação de gâmetas masculinos e a outra, mais recente, permite sincronizar e ativar os espermatozoides para o processo de fecundação. Na vertente de aplicação humana a equipa de Marco Alves conta já com o importante apoio da gigante farmacêutica Merck e os próximos passos são arranjar parceiros estratégicos para a área veterinária e também para o desenvolvimento de novos métodos de seleção de gâmetas para a procriação medicamente assistida. Além disso, o investigador tenciona continuar a “demonstrar que o modo e o estilo de vida do pai podem influenciar a saúde dos filhos e dos netos”, conta Marco Alves. Apesar de reconhecer o esforço da Universidade do Porto em apoiar os cientistas (é um investigador ativo nas iniciativas da U.Porto e participou, inclusivamente, no Business Ignition Programme, também organizado pela U.Porto Inovação), o investigador considera que existem ainda muitas falhas na interação com possíveis investidores. Na sua opinião Portugal ainda não tem uma “real cultura de mecenato e investimento em ciência”, mais ainda quando falamos deste tipo de áreas científicas nas quais os resultados demoram a aparecer o que cria a necessidade “de uma relação de grande confiança entre investigadores e investidores”. Para Marco Alves serão precisos muitos anos para que “não só na U.Porto como em Portugal se desenvolva uma relação forte entre academia e indústria” e, assim, a valorização do conhecimento tenha um real impacto para a sociedade e para as pessoas.

À conversa com as empresas: Mercatura

A Mercatura é uma software house que se especializou na informatização de processos empresariais e no desenvolvimento de sistema de informação para gestão de projetos financiados. A startup recebeu a chancela spin-off U.Porto em 2017 e quer continuar a crescer, seja através da equipa ou da aquisição por parte de uma empresa maior. Fomos conversar com o Miguel Fernandes, de uma forma bastante descontraída. Vamos conhecê-los melhor? 1. Como é um típico dia de trabalho na Mercatura? Penso que não deve ser muito diferente da maior parte das empresas semelhantes. De um modo geral, cada colaborador sabe quais as tarefas pendentes e executa-as de uma forma autónoma e de acordo com o plano previamente definido. Atualmente, com o regime de teletrabalho perdeu-se algum do contacto mais direto, mas as videochamadas vieram colmatar um pouco essa falha.   2. O que fazem, enquanto equipa, quando se sentem menos criativos ou animados? A equipa é pequena e o ambiente descontraído. Nos dias em que não estamos em teletrabalho aproveitamos para ir almoçar juntos e desligar dos temas relacionados com o trabalho. A escolha entre os restaurantes da moda do Porto é sempre variada e assim a criatividade volta normalmente!   3. Porquê o nome Mercatura? A empresa Mercatura nasceu em 1999, como resultado de um projeto de professores da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) para a criação de uma loja de vinhos online, pelo que o nome Mercatura está relacionado com “comércio”. Era um projeto inovador, mas demasiado avançado para a época em que as aplicações web based estavam a dar os primeiros passos, pelo que acabou por não ter o sucesso esperado. Uns anos mais tarde o grupo de trabalho de dois fundadores que estava no INEGI, resolveu criar a spin-off e reativar a empresa existente.   4. Quem é a pessoa mais divertida da empresa? Claramente a Margarida! Quebra a monotonia típica dos informáticos (risos)   5. Se uma criança um dia vos disser "Quero ser empresário/a!", qual será o vosso primeiro conselho? Em primeiro lugar, aviso que se ser empresário é complicado e que traz muitas preocupações e noites mal dormidas. Depois, tento que percebam qual o plano de negócios que pretendem implementar. A maior parte percebe que afinal não é assim tão fácil, mas outras têm perfil!   6. Se pudessem escolher um só sonho a alcançar com a Mercatura, qual seria? Atualmente a empresa está consolidada, sem créditos bancários e com resultados positivos. No entanto, o desafio de crescer tanto a nível do tamanho da equipa como na angariação de novos projetos não tem sido fácil de alcançar. Assim, uma potencial boa solução para a empresa seria ser adquirida por uma empresa maior que permitisse uma maior valorização da atual equipa e o crescimento do volume de negócios.   7. Quais os planos da Mercatura para o futuro mais próximo? Sendo já uma empresa madura e com uma equipa que se tem mantido há alguns anos, ou é mantida a atual dimensão da equipa ou avançamos com uma incorporação numa empresa maior que permita uma maior valorização da equipa.   8. O que aprenderam, até agora, com esta jornada empreendedora? E com as pessoas com quem trabalham? O tipo de produtos que desenvolvemos obriga a fazer apresentações e negociações com os quadros de topo das instituições de grande exigência. No início era muito difícil estar à vontade nesses contactos, mas com a experiência percebemos que há um interesse mútuo nessa colaboração e que as nossas ideias têm sido tidas em consideração, com resultados finais muito positivos para os clientes. É talvez o melhor reconhecimento do nosso trabalho perceber que centenas de pessoas trabalham de forma mais eficiente da forma que nós idealizámos e que conseguimos convencer os quadros de topo a adotar.   9. Quais os vossos sonhos pessoais? Este é um tema que tem mudado bastante ao longo dos anos… Há 15 anos o objetivo era fazer crescer o negócio, trabalhando o que fosse necessário para conquistar novos clientes e projetos. Com o passar do tempo, passámos a dar mais valor à estabilidade. Neste momento, o nosso desejo é de fazer crescer o negócio, privilegiando os contratos de longo prazo que garantam estabilidade para toda a equipa e a satisfação dos nossos clientes.   10. Como é, para vocês, ser membro da família de spin-offs da U.Porto, o The Circle? Quando nos juntámos ao The Circle o foco deste parecia ser em exclusivo as start-ups, pelo que não obtivemos retorno em termos de negócio. Nos últimos tempos começaram a identificar-se possíveis sinergias entre as empresas, pelo que poderemos tirar mais proveito desta família! Parece-me que para as empresas mais maduras esta vertente é mais interessante.   Para entrar em contacto com a Mercatura, basta enviar um email para geral@mercatura.pt

Uma "revolução" no mundo das próteses dentárias

“É uma prótese dentária modificada, aparafusada a implantes, de modo a proteger o tecido ósseo”. É desta forma que José Ferreira começa por descrever o produto da sua investigação, desenvolvida durante o doutoramento na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. O caráter inovador do seu estudo fez com que a invenção chegasse até à U.Porto Inovação e esteja, neste momento, com pedidos de patente internacionais ativos. A ideia surgiu da necessidade clínica de reabilitar a dentição a pacientes que por perda de dentes, uso prolongado de próteses removíveis ou outro motivo, apresentem perdas de osso acentuadas: “O objetivo é repor os dentes em falta de uma forma mais fácil, mas que, simultaneamente, assegure uma alta probabilidade de sucesso”, refere José Ferreira. Explicando de forma mais simples, a invenção de José Ferreira para revolucionar o mundo das próteses dentárias consiste na criação de um fusível mecânico na própria prótese, ou seja, “um elemento frágil que será o primeiro a deformar-se no caso de a prótese ser sujeita a uma força de mastigação demasiado elevada ou pela fadiga natural após alguns milhares de ciclos normais de mastigação”, explica o investigador. Os ensaios efetuados mostram que esta tecnologia terá um maior efeito protetor do tecido ósseo, uma vez que o tal fusível mecânico se deforma antes que se gerem tensões que levem a perda óssea em redor dos implantes. Além disso, esta nova prótese modificada pode ser utilizada em casos de acentuada diminuição do volume ósseo mandibular ou maxilar em que haja a possibilidade de recorrer aos implantes dentários curtos. Situações clínicas essas em que “a perda de osso é compensada com o aumento do tamanho da prótese, o que tem como consequência um efeito de alavanca que leva a tensões na região da união implante-coroa-osso marginal, com efeitos potencialmente nocivos”, explica José Ferreira. Outras soluções atualmente disponíveis no mercado podem, indica o cientista, trazer piores consequências para o paciente e não garantir o sucesso do procedimento. É o caso, por exemplo, das técnicas de regeneração óssea, cujo objetivo é aumentar o volume ósseo disponível para ser possível colocar implantes mais longos: “Esta é uma alternativa mais demorada, mais cara, de grande complexidade técnica e também está associada a maior dor e desconforto, bem como com menor aceitação por parte dos pacientes”, conta José Ferreira. Assim, o processo por si idealizado traz vantagens em todos os parâmetros, uma vez que se trata de uma tecnologia minimamente invasiva, mais económica, menos complexa e, além disso, a principal vantagem, é “ósseo-protetora”, refere o investigador. Proteger, valorizar, comercializar Dado o interesse e aplicabilidade da invenção, a U.Porto Inovação tem apoiado tanto o processo de comercialização como de proteção. A tecnologia tem, neste momento, ativo um pedido de patente internacional (PCT) e também um pedido de patente na Europa. Dado o interesse e aplicabilidade da invenção, a U.Porto Inovação tem apoiado tanto o processo de comercialização como de proteção. A tecnologia tem, neste momento, ativo um um pedido de patente na Europa. O objetivo principal do investigador, neste momento, é divulgar ao máximo a tecnologia junto de empresas da área da implantologia e da maquinação de próteses dentárias. Ao mesmo tempo, e também graças aos contactos com algumas das maiores empresas da área, estão também a decorrer diálogos com a FEUP e INEGI, no sentido de prosseguir a investigação “com vista à aproximação do conceito provado experimentalmente de um produto acabado e pronto para utilização clínica”, conclui José Ferreira.

U.Porto vai levar estudantes à EIA 2021

  A Universidade do Porto e o Banco Santander vão oferecer 20 bolsas a estudantes da U.Porto que pretendam participar na European Innovation Academy 2021 (EIA 2021), a maior “summer school” de empreendedorismo do mundo, cuja edição deste ano vai decorrer em formato online, de 5 a 23 de julho. Dirigida a todos os estudantes das melhores universidades americanas, asiáticas e europeias, a EIA é um programa de empreendedorismo imersivo cujo objetivo é ajudar os participantes a fazer escalar as suas ideias de negócio, através de uma aprendizagem amplamente experimental. A edição deste ano oferece uma experiência imersiva numa comunidade internacional e multidisciplinar, recorrendo para tal à tecnologia mais avançada. Ao longo de mais de duas semanas, estudantes terão a oportunidade de aprender através da visualização de uma série sobre jovens empreendedores e aplicar os conhecimentos em quizzes diários. Em 2019, 24 estudantes da U.Porto participaram no evento realizado em Cascais, sendo que três dos projetos premiados contaram com o contributo da Universidade. Como participar? Os estudantes interessados devem efetuar a respetiva candidatura até 14 de junho através da plataforma disponibilizada pelo Banco Santander. Para participarem, os estudantes devem ter entre 18 e 28 anos, estar inscritos na U.Porto e possuir nível avançado de língua inglesa. Os estudantes que obtiverem bolsa estão isentos do pagamento de inscrição no evento, avaliado em 1599 euros. A participação na EIA 2021 confere ainda 6 ECTS a cada participante. Mais informações através do endereço de e-mail susana@inacademy.eu.

EMBRACE's conference aims to change how businesses addresses social inclusion

EMBRACE is an EU funded project within the ERASMUS+ Cooperation for innovation and the exchange of good practices - Knowledge Alliances programme. The focus of the EMBRACE project is to address the issues of social inclusion, social equality and engaging society in research and innovation processes to generate solutions responsive to societal needs. The foundation stone of developing such an inclusive, collaborative, socially aware entrepreneurial society is: Education. Education from the individual perspective whereby Higher Education Institutions (HEIs) generate more rounded, employable graduates capable of contributing immediately to the intrapreneurial and social responsibilities of their employers. Equally, in parallel, education from the business perspective whereby entrepreneurs, owner/managers of micro-enterprises and SMEs, as well as senior executives of corporate entities are more enlightened and aware of their social responsibilities both within and external to their organisations. It is in essence the development of sustainable Corporate Social Entrepreneurship (CSE) and Corporate Social Entrepreneurs.  Today’s conference, Transforming organisations and education for societal sustainability, is a major milestone in this CSE journey. Hanze University of Applied Sciences, who led the EMBRACE project team in the development of the European Corporate Social Entrepreneurship Curriculum (ECSEC), are hosting today’s conference. During the conference attendees from academia, government organisations, industry and civic society organisations (the Quadruple Helix actors) will have the opportunity to input to and validate the ECESC. According to János Czafrangó, a member of the EMBRACE Advisory Board, a proponent of continuous lifelong learning and named on the  ‘Social Innovators’ Map’ of  ASHOKA since 2015, “the EMBRACE project team has performed tremendous work in a short period of time culminating in this conference which will significantly change the way businesses address social inclusion and their social responsibilities”. Professor Bill O’Gorman, the EMBRACE Project Leader, stated that “today’s conference is also a major milestone in the blurring of the boundaries between academia, government organisations, industry and citizens; in that it brings these entities together to address a common goal – the betterment of society globally”.   EMBRACE project is co-funded by the Erasmus+ Programme of the European Union. University of Porto is one of the partners, through U.Porto Inovação and Instituto de Sociologia from the University of Porto. (IS-UP). The other partners are: Waterford Institute of Technology (Ireland), Vilnius Gediminas Technical University (Lithuania), DRAMBLYS (Spain), Budapest University of Technology and Economics - BME (Hungary), National School of Political Studies and Public Administration (Romania), Domhan Vision (Germany), Hellenic Management Association (Greece), Digital Technology Skills Limited (Ireland), and Hanze University of Applied Sciences, Groningen (Netherlands).  

Empreendedorismo com Impacto: o Futuro das Startups

De: 
21/05/2021
Até: 
02/06/2021

 

Projeto UI-CAN marca o seu início com um evento online, no dia 2 de junho, onde será debatido o impacto dos projetos empreendedores na sociedade, com a colaboração de diversos especialistas, de onde se destaca Marcello Palazzi, cofundador do B Lab Europe.

Os sete gabinetes de apoio ao empreendedorismo, responsáveis pelo projeto UI-CAN – Universidades como Interface para o Empreendedorismo - entre os quais a U.Porto Inovação - pretendem com este evento sensibilizar os membros da academia para a importância do impacto dos projetos empreendedores, bem como para a necessidade de contribuírem para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

A sessão irá contar com a presença de Marcello Palazzi, cofundador do B Lab Europe, uma organização sem fins lucrativos que pretende auxiliar as empresas a incorporarem determinados padrões de transparência, sustentabilidade e desempenho, com o objetivo de criar valor para a sociedade.

Após esta intervenção, Marta Marques, Coordenadora da UACOOPERA – Unidade Transversal para a Sociedade, irá apresentar o projeto UI-CAN, as atividades a dinamizar e os apoios que serão disponibilizados nas diferentes academias, nos próximos dois anos.

O evento contempla ainda a dinamização de uma mesa redonda sobre “Oportunidades para Projetos Empreendedores com Impacto”, que contará com a participação de Carlos Azevedo, da IES-Social Business School; Filipe Almeida, da Portugal Inovação Social e Inês Sequeira, da Casa do Impacto - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com moderação de Filipe Castro da U. Porto Inovação.

O projeto UI-CAN envolve sete universidades: Aveiro, Beira Interior, Coimbra, Évora, Minho (TecMinho), Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro, que contam já com uma larga experiência no apoio ao empreendedorismo e à criação de novas empresas.

No âmbito deste projeto, cofinanciado pelo COMPETE 2020, através do Fundo Social Europeu, as entidades parceiras irão levar a cabo um vasto leque de atividades, de entre as quais ações de capacitação e aceleração, concurso de ideias, encontros de mentores e visitas a ecossistemas empreendedores nacionais e internacionais. A dinamização destas iniciativas irá contribuir para a promoção do espírito empreendedor e para a criação de novas empresas que respondam aos desafios sociais e societais.

A participação no evento é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia, aqui. Mais informações através do e-mail uacoopera@ua.pt

 

O UI-CAN é um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia. 

Ocean Infinity adquire Abyssal

  A Ocean Infinity, uma empresa mundial na área da robótica marinha, adquiriu a Abyssal, uma das spin-offs da Universidade do Porto. A Abyssal é uma empresa de engenharia de software com mais de oito anos de experiência e que, agora, integra a Ocean Infinity. Foi fundada e está incubada na UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. A atividade da Abyssal centra-se no desenvolvimento e implementação de soluções de software para a indústria offshore com o objetivo de melhorar a segurança e a eficiência das operações submarinas. Os 38 colaboradores da Abyssal vão pertencer ao Grupo Ocean Infinity, mas vão continuar a operar a partir do Porto. A equipa vai desempenhar um papel fundamental na capacidade de desenvolvimento de software do grupo, à medida que continua a crescer e a fornecer serviços de aquisição de dados e robótica para os seus clientes marítimos. A tecnologia da Abyssal, spin-off U.Porto, abrange desde uma plataforma de dados cloud, ambientes sintéticos, visualização 3D avançada e ferramentas de sistema de gestão de operação. Esta tecnologia permite, ainda, que alguns dos maiores operadores offshore do mundo entreguem projetos complexos em segurança. A integração da experiência de software da Abyssal com a frota robótica da Ocean Infinity, vai aumentar a segurança da empresa e das operações, assim como melhorar a forma de aquisição de dados através do desenvolvimento de simulação operacional, gestão de frota e ferramentas de dados em cloud. “Partilhamos com a Ocean Infinity a mesma visão de continuar a desafiar os limites e as possibilidades da tecnologia, principalmente quando aplicadas ao campo da tecnologia do mar. Vemos esta integração como uma forma de podermos contribuir para desenvolver operações offshore cada vez mais seguras e sustentáveis.” afirma Manuel Parente, fundador e CTO da Abyssal. “As oportunidades são infinitas e estamos ansiosos pelo futuro que se avizinha, tanto para a nossa equipa, como para os nossos atuais (e futuros) clientes.” acrescenta ainda. Já Olivier Plunkett, CEO da Ocean Infinity, refere que “trazer esta equipa altamente qualificada para a Ocean Infinity fortalece a nossa capacidade de fornecer dados de alta qualidade, com segurança e rapidez. Aumentar a nossa equipa desta forma torna-nos no principal negócio de análise de dados do oceano e do fundo do mar.”.

Portugal Ventures investe em empresas com selo da U.Porto

  A capital de risco Portugal Ventures reforçou recentemente o seu portfólio com mais 43 startups, o que corresponde a um investimento total de 6,6 milhões de euros. A ação acontece no âmbito da Call INNOV-ID, lançada em maio de 2020, que recebeu mais de 100 candidaturas. Entre as jovens empresas selecionadas para receber financiamento estão seis empresas nascidas no seio da Universidade do Porto.  O destino do financiamento passa por fazer crescer equipas, acelerar produção ou proteger a propriedade intelectual. “Com este investimento decidimos fazer crescer a equipa, nomeadamente acelerar a resposta aos clientes”, refere Márcia Pereira, CEO da Bandora, uma das empresas spin-off U.Porto escolhidas. A Bandora é uma aplicação de Inteligência Artificial para a gestão energética dos edifícios. Também a Bioworld e a Corium Biotech, ambas incubadas na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, foram selecionadas para integrar o portfolio da Portugal Ventures. Os representantes da Bioworld — empresa que cria soluções em polímeros biodegradáveis a partir de resíduos orgânicos para uma economia sustentável — vão aplicar o financiamento no registo da patente, reforçando a implementação do polímero no mercado. Já no caso da Corium Biotech, que se dedica à bio-produção de couro exótico, no sentido de respeitar tanto o ambiente como o bem-estar animal, esta aposta da capital de risco permitiu “passar da fase de conceito à fase de desenvolvimento do protótipo”. Isto numa área – a biotecnologia – em que os custos associados aos protótipos são consideráveis, é uma mais valia para a jovem startup. No domínios da saúde, duas empresas spin-off  daU.Porto captaram o interesse da Portugal Ventures. A inSignals Neurotech, por exemplo, tenciona investir agora numa solução para apoiar cirurgias de estimulação cerebral em pacientes com Parkinson. A spin-off nascida no INESC TEC recebeu um financiamento de 100 mil euros. Já a Wisify, que desenvolve soluções tecnológicas para apoiar os profissionais das áreas médica, nutrição e desporto, tenciona fazer crescer a equipa e apostar “na produção da versão low cost do Lipowise”, um dos dispositivos médicos em que estão a trabalhar há mais tempo. Por fim, mas não por último, também a Eptune Engineering vai aproveitar a aposta da Portugal Ventures para “acelerar o desenvolvimento de produto e entrada no mercado”, refere João Pedro Loureiro. A empresa, atualmente incubada na UPTEC e que recebeu o selo spin-off U.Porto em 2020, dedica-se a desenvolver produtos e serviços de engenharia para o mercado aeroespacial e eólico. Esta não é a primeira vez que a Portugal Ventures aposta no conhecimento gerado na Universidade do Porto. Do portefólio da sociedade de capital de risco já faziam parte 15 empresas com ligação à Universidade: Abyssal, Addvolt, Azitek, Barkun, Berd, Codavel, DefinedCrowd, Didimo, Doppio, Immunethep, Jscrambler, Mice, Noocity, Probely e TonicApp. Com esta nova ronda, a presença da U.Porto ultrapassa as 20 empresas.

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