Já lá vão dez anos desde que a U.Porto Inovação lançou o programa UPinTech. Desde então, já mais de 50 pessoas aproveitaram a oportunidade de colaborar com a Unidade, aprendendo sobre transferência de tecnologia, apoio ao empreendedorismo e outras áreas.

Para muitos dos “nossos” UPintech’s, como carinhosamente lhes chamamos, a passagem pela U.Porto Inovação gerou novas oportunidades profissionais não só em Portugal como a nível a internacional. Nesta edição “Do programa UPinTech para o mundo” falamos um pouco do Rui, da Priscila, do Tiago, Luís, Miguel e João, com quem tivemos o privilégio de trabalhar.

 

Rui Costa esteve na U.Porto Inovação durante seis meses e a sua colaboração terminou no início de 2018. Entretanto, Rui começou o doutoramento em Física na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, “diretamente relacionado com o desenvolvimento de têxteis funcionais capazes de armazenar energia”. Além da formação académica Rui faz parte da WESToreOnTEX, um projeto que desenvolve têxteis e acessórios flexíveis que armazenam energia para alimentar dispositivos eletrónicos e sensores integrados na roupa.

Para Rui Costa, passar pela U.Porto Inovação foi muito importante para desenvolver novas skills que, na sua opinião, “não se aprendem no meio puramente académico”, como por exemplo aprender a avaliar e gerir novas tecnologias. Além disso, o período como UPinTech permitiu-lhe “desenvolver competências necessárias para lidar com o mundo empresarial e para fazer apresentação/marketing e negociação com empresas de tecnologias já patenteadas”, refere.

Priscila Rohem, veio do Brasil para Portugal com um especial interesse pela inovação e anseio por conhecer o sistema português. Afirma que a sua passagem pela U.Porto Inovação permitiu aprender com colegas “muito experientes” mas também a oportunidade de vivenciar “a diversidade, inclusão e equidade”. Para Priscila, que imigrou grávida, foi muito importante não só o lado profissional dos colegas mas também a parte humana, traduzida na “recetividade por parte dos colegas da U.Porto Inovação, podendo continuar a trabalhar quase até à véspera de ter a bebé”, afirma.

Entretanto, e já depois de ter deixado a U.Porto Inovação, Priscila entrou no MBA da Porto Business School onde desenvolveu um projeto relacionado com “a internacionalização de uma companhia portuguesa de logística que desenvolve soluções digitais tecnológicas”. Também teve uma breve passagem no kick off de um projeto multicêntrico de saúde digital, financiado pela União Europeia, ao fazer parte da equipa da CLOO, uma empresa de ciências comportamentais. Entretanto voltou ao seu trabalho no INPI do Brasil, onde está atualmente.

Também Tiago Meireles, que passou perto de um ano a colaborar com a U.Porto Inovação na área do empreendedorismo e apoio à rede de spin-offs, valoriza a sua passagem pela U.Porto Inovação. Atualmente, Tiago trabalha em management consulting na PwC Portugal.

Tiago descreve o período passado na U.Porto como uma “ótima experiência junto de pessoas dinâmicas e num ambiente colaborativo e acolhedor”. Além de ter alargado conhecimentos, Tiago considera que a sua colaboração na Unidade foi “fundamental enquanto ponto de contacto com o ecossistema empreendedor nacional e internacional”, e essas competências de trabalho são, hoje, “extremamente úteis” nas funções que desempenha na PwC Portugal.

Luís Oliveira passou quase 10 meses como UPinTech, em 2019. Considera que colaborar com a U.Porto Inovação foi uma “oportunidade incrível” para aprender mais sobre gestão de propriedade intelectual e analisar diversas tecnologias inovadoras.

Atualmente Luís trabalha como Business/data analyst na FARFETCH, e acredita que a passagem pelo programa o ajudou a desenvolver algumas ferramentas fundamentais para o cargo que hoje ocupa: “A experiência de analisar diferentes tecnologias, comunicar com diferentes pessoas e estar envolvido em algumas das etapas do processo de gestão da propriedade intelectual foram competências importantíssimas”, conclui.

 

Experiências além fronteiras

Para Miguel Maia, que também trabalhou com a U.Porto Inovação em 2019, o caminho acabou por levá-lo para fora de Portugal, mais precisamente para a Irlanda. Ao mesmo tempo que frequenta o último ano do doutoramento em Química Farmacêutica na Faculdade de Farmácia da U.Porto, Miguel está também a fazer um período de mobilidade na University College Dublin. “Estou a trabalhar num projeto de síntese química através de sistemas de fluxo contínuo”, conta.

Para Miguel, passar pela U.Porto Inovação trouxe muitos frutos que irá aproveitar na sua próxima etapa no mercado: “A indústria farmacêutica aposta muito em investigação e desenvolvimento de novas tecnologias, e a proteção por patente é um requisito essencial”, refere Miguel. Assim, e associado ao “ambiente estimulante de inovação sempre rodeado de novas tecnologias”, Miguel leva conhecimento útil do programa UPinTech, onde, afirma, esteve sempre acompanhado por uma “equipa motivada e empenhada”.

Por fim, mas não por último, fomos conversar um pouco com João Fonseca, que terminou o seu percurso na U.Porto Inovação em julho de 2020 rumo ao Banco Santander. À semelhança do que acontece com Miguel, João também está neste momento fora de Portugal, mais precisamente em Madrid (Espanha). Está a trabalhar no setor financeiro do banco como engenheiro de software, integrado na equipa de desenvolvimento do produto Santander Cash Nexus.

Para João, fazer parte do programa UPinTech funcionou como uma “rampa de lançamento” para o que viria a ser o seu trabalho atual, uma vez que considera ter adquirido competências importantes ao nível de “crítica de decisões tecnológicas a adotar ou tradução de necessidades de clientes em relatórios detalhados de caráter técnico”, refere. Na sua opinião, a integração numa equipa como a U.Porto Inovação é “simples e imediata” tendo notado, desde o primeiro dia, que conseguia contribuir para a equipa nas suas diversas áreas de atuação. “Tudo somado, concluo que desenvolvi competências ao nível da comunicação escrita e oral, análise científica e processos de transferência de tecnologia”, conclui.

Como fazer parte desta grande família?

A U.Porto Inovação tem, neste momento, vários colaboradores no ativo do programa UPinTech, a trabalhar em diversas áreas de atuação da Unidade. Este é um programa que possibilita colaborações em part-time, remuneradas, para trabalhar na área de transferência de tecnologia e tem períodos de recrutamento abertos em várias alturas do ano. Dá-se preferência a pessoas formadas na Universidade do Porto.

Para saber mais sobre a oportunidade, nomeadamente sobre como enviar uma candidatura (que, caso não esteja aberto nenhum processo de recrutamento, será armazenada para consideração futura) é só clicar aqui.