Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) estão a estudar um antioxidante que pode ajudar a reverter danos em pacientes com a doença de Parkinson.

O antioxidante foi desenvolvido como candidato a fármaco pelo grupo de Química Medicinal, do Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQUP), liderado pela docente Fernanda Borges e foram já submetidos vários pedidos de patente.

Os resultados da investigação acabam de ser publicados na revista científica Redox Biology (IF 9.986), num artigo assinado pela líder do grupo e pelos investigadores Fernando Cagide e Sofia Benfeito.

O antioxidante mitocondriotrópico AntiOxCIN4 atua a nível de um organelo da célula  – mitocôndria – e é capaz de reverter danos a nível celular e mitocondrial em células de pacientes com a doença de Parkinson.

O estudo, efetuado em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e a Penn State University College of Medicine (EUA), traz assim um novo alento  no contexto das doenças neurodegenerativas.

A tecnologia mencionada no estudo foi comunicada à U.Porto Inovação em 2016 pela equipa do CIQUP. Desde então, foram feitos esforços de proteção e valorização da tecnologia, que tem neste momento sete pedidos de patente internacionais ativos: Europa, Estados Unidos, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul e Japão. Para trabalhar a aproximação ao mercado, a investigadora Fernanda Borges co-fundou a empresa Mitotag, empresa que entretanto recebeu a chancela spin-off U.Porto e tomou licença da tecnologia dos antioxidantes.