De malas aviadas, cinco participantes selecionados pela U.Porto Inovação (com o apoio do Banco Santander) fizeram-se à estrada em julho. Regressaram em agosto, com uma bagagem ainda mais cheia, mas desta vez de conhecimento, ideias, troca de experiência, muito espírito empreendedor....e um prémio! É este o resultado da participação dos representantes da Universidade do Porto na European Innovation Academy 2017 (EIA), que teve lugar em Cascais entre os dias 16 de julho e 4 de setembro.

Ao todo, foram três semanas de trabalho intensivo, durante as quais os participantes tiveram de trabalhar em equipa. Como refere Pedro Fonte, um dos cinco participantes selecionados para representar a U.Porto: “é uma academia imersiva com 10 horas de trabalho diárias entre palestras, sessões de mentoria e trabalho de equipa”. Mas o trabalho compensa. No caso de Pedro, compensou e muito pois a equipa de que fez parte foi uma das vencedoras do evento, tendo sido o próprio Pedro a liderá-la até ao pitch final (na foto).

A riqueza da experiência, no entanto, e na opinião do empreendedor doutorado pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, não passa só pelos prémios, mas principalmente pela aprendizagem: “Os conhecimentos que adquiri permitem-me abordar qualquer vertente do modelo de negócio de forma objetiva e confiante de forma a levar a start up ao sucesso”, revela. Na opinião de Pedro, todo o networking com os mentores, empreendedores e investidores presentes na EIA 2017 vai ser determinante para que consiga lançar o negócio. Além disso, Pedro valoriza também o “intercâmbio de experiencias e contactos com vários empreendedores de todo o mundo”.

Catarina Runa foi outra das participantes e não podia estar mais de acordo com Pedro: a EIA 2017 foi uma experiência “muito enriquecedora e desafiante” e, na sua opinião, os pontos mais positivos foram a diversidade de conteúdos, mas, sobretudo, os oradores presentes no evento e o que os grupos de trabalho puderam aprender com eles. Quando questionada sobre se a participação na European Innovation Academy 2017 trará frutos para o seu futuro profissional, Catarina não hesita em afirmar que sim: “Os conhecimentos de marketing, customer development e venture deals não são adquiridos na universidade e são muito dependentes do mercado de negócios em startups”, revela Catarina, acrescentando que “a maioria dos empreendedores desconhece muitos destes aspetos, por ser ainda um conhecimento muito empírico”.

A European Innovation Academy é uma “summer school internacional” – engloba mais de 40 nacionalidades e 60 países – de empreendedorismo dirigida a estudantes das melhores universidades americanas, asiáticas e europeias. É um programa de empreendedorismo imersivo, cujo objetivo é oferecer uma experiencia de aprendizagem experimental para ajudar os participantes a fazer a escalar as suas ideias de negócio. Nesta edição estiveram presentes mentores muito experientes como por exemplo, Martin Omander, da Google, Ken Singer, da UC Berkeley, Bill Rechert, da Garage Technology Ventures.